“Nossos Olhares” expostos no meio dos livros de Alcântara

É na Biblioteca de Alcântara – José Dias Coelho que acontece a exposição dos alunos de 2.º ano de Design de Comunicação Gráfica, Multimédia e Produção e Tecnologias da Música. O nome do projeto, “Nossos Olhares”, nasceu de um brainstorming onde as melhores ideias foram a votos em contexto de sala de aula.
O desafio proposto foi, segundo a professora de História da Cultura e das Artes, Ana Sofia Oliveira, que os alunos fizessem uma pesquisa aprofundada sobre artistas contemporâneos, para que depois criassem a partir dessa inspiração. O horizonte imaginativo dos nossos jovens criadores foi abrangente, com obras reinventadas a partir da arte de Virgil Abloh, Van Gogh ou Jackson Pollock.
A exposição “Nossos Olhares”, além do contexto prático, teve o objetivo de exponenciar a cultura dos alunos, tanto a nível de referências como de perceção do processo criativo que precede uma obra de arte. A professora Ana Sofia Oliveira realçou ainda a importância desta atividade para os alunos, evidenciando o facto de ser “fora de portas”, neste caso na Biblioteca de Alcântara.
Esta exibição coletiva teve uma inauguração – dia 16 – que contou com performances artísticas inspiradas no início dos anos 60. Com uma laranja, Yolanda André explicou-nos a insignificância e efemeridade do ser humano, enquanto Alícia Faro, Beatriz Prates, Diana Bragança e Carolina Silva, derramaram sobre massa de moldar as cores de “A Noite Estrelada”, de Van Gogh, numa reflexão sobre a inquietação dos padrões de beleza.
O fim da inauguração deu palco aos 6Tricks, banda formada propositadamente para os “Nossos Olhares”. O grupo, formado por Berry, Martim, Henrique, Ana, Francisco e Jaime, ensaiou apenas três vezes e tocou temas como “Menina que estás à janela”, “Chaga” ou “Quem és tu miúda”, dando voz a Vitorino, Ornatos Violeta e Os Azeitonas, respetivamente.
Além destas peças “produzidas no momento”, conforme descrição de Ana Sofia Oliveira, a exposição conta ainda com obras de Luciana Pereira e Leonor Faleiro, que produziram “O Reflexo do Invisível”, João Carvalho, com o projeto “3 Fases” ou Joana Louro, que se debruçou sobre “O Peso Invisível da Sexualização”.
É possível visitar estes objetos artísticos todos os dias, exceto domingo, entre as 10h00 e as 18h00, até ao dia 24 de janeiro.
Fotografia: João Barata