Diário de Bordo #5
Depois de duas semanas, estou de volta!
O trabalho tem vindo a ficar melhor, mais desafiador e engaging.
Depois de voltar de Milão, fotografei um evento, algo que estava habituado a fazer em Portugal. Foi sem dúvida um dos melhores trabalhos e projetos que fiz aqui em Budapeste. Porque é algo que eu já faço e quero continuar a fazer. Para além disso, comecei a fazer uns flyers e a fazer brainstorming sobre uma landing page com o meu patrão sobre a empresa. Os flyers servem para dar uma guia turística de Budapeste aos grupos que vêm estagiar ou fazer um curso com a empresa. A página tem sido algo que o meu patrão e eu temos tentando organizar e trabalhar desde o início do estágio, mas, devido a haver sempre uns imprevistos, só conseguimos fazer isso agora.
Pondo o trabalho à parte, fomos conhecer novas culturas e lugares. Desta vez fomos a Viena, Áustria. Esta viagem foi bastante especial porque consegui convencer a minha namorada a vir de Portugal para estarmos um pouco de tempo juntos, depois de não nos vermos durante 2 meses. Viena é bastante similar a Paris e a Budapeste. Tem uma certa elegância rústica que me faz lembrar de uma junção daqueles países. Encontrámos uma casa muito gira, que tinha uma varanda grande, onde depois de termos estado 1 dia lá, decidimos começar a tomar as refeições lá fora, era simplesmente incrível, porque é algo que me faz lembrar das minhas férias de verão antigas, sempre a jantar na parte de fora das nossas casas de férias. Vimos muitas coisas, como o Palácio Belvedere e o seu museu fascinante, fomos também à Catedral de São Estevão, à Ópera e a muitos lugares onde o filme “Before Sunrise” foi gravado, como a ponte, a loja de vinis e à Albertina, que fica ao lado da Ópera.
Este fim-de-semana correu mesmo bem, estávamos prontos para ir para casa bem-humorados depois de uma viagem muito boa. Ao ter-me despedido da minha namorada no Aeroporto, fiquei com o Lorenzo à espera do autocarro para Budapeste. Estava com um atraso de 8 minutos, ficamos à espera claro. Eram 17:44 e passa um autocarro, mas eu não pensei nada de especial porque estava escrito “Bratislava” no autocarro e o nosso era só às 17:48 o nosso. Passado 5 minutos, eu abro a aplicação e vejo que a hora tinha mudado para as 17:44. Fiquei aterrorizado, olhei para o mapa e vi que o autocarro já estava cá…, mas, não estava. Levantei-me, andei um pouco à procura dele e não vejo nenhum, o Lorenzo chama-me e olho para o autocarro que está a chegar, era o nosso número 902, fiquei mesmo aliviado. Depois de ter posto a minha mala e ter ficado à espera do condutor chamar para entrar, ele começa a fechar as portas para arrancar. Eu fico confuso e desesperadamente bato no vidro, ele começa a falar uma língua que eu não percebo e diz-me que o autocarro vai de volta para Viena. Foi aí que eu percebi que tínhamos perdido o nosso meio de transporte de volta para Budapeste. Ele bastante chateado a chamar-me 30 mil nomes noutra língua (eu conhecia essas palavras) foi abrir a mala bagageira do autocarro e eu tirei a minha mala. E fiquei ali com o Lorenzo completamente sem noção do que se passou. Aquele autocarro que eu vi e que achava que não era nada de especial, era o nosso bilhete para voltar para casa.
Estou a escrever isto enquanto espero pelo próximo autocarro. Estou um pouco frustrado porque sinto que isto podia ter sido evitado, mas não tive controlo nenhum sobre a situação, o que me faz ficar ainda mais frustrado e tranquilo ao mesmo tempo. Não sou pessoa de pensar que o mundo vai acabar nestas situações, mas quando acontece é um pouco amassador. Felizmente e infelizmente esta foi a última viagem que vou fazer, chega de aeroportos e autocarros e andar de um lado para o outro. Isso fica para quando voltar a Portugal, algo que estou bastante ansioso para que aconteça!
As saudades batem forte de casa 😂.
Até breve!
Diário de Bordo #4
Estas semanas foram algo de outro mundo. Completamente.
Coisa mais importante primeiro. PORTUGAL É CAMPEÃOOO!! VAMOSSS!
Vi este jogo em Milão com o Lorenzo e o nosso amigo Manteigas, que veio desde Portugal para estar connosco.
A cidade é incrível, muito bonita mesmo. Tenho de admitir que os transportes são confusos, em termos de bilhetes. Fomos ao Lago Como, que é sem dúvida um dos melhores lugares que eu já estive, estivemos num espaço que tinha uma zona balnear e foi mesmo aquilo que precisávamos com o calor. Depois demorámos 4 horas a chegar a casa, mesmo a tempo do jogo de Portugal.
Antes desta viagem, fomos a Berlim. O Lorenzo lagou um pouco no planeamento da viagem, porque apanhámos um voo às 22:00 de Budapeste, fomos expulsos do terminal 2 e ficamos 8 horas no aeroporto de Berlim, numa mesa do Burger King no Terminal 1.
Tenho de admitir que fiquei um pouco desapontado com a cidade. Estava com expectativas altas e simplesmente não estava de acordo com elas. Não consigo bem apontar exatamente o que é que me desapontou, mas desapontou. Tirando isso, a companhia era boa e fez com que fosse mais agradável.
Voltando para Budapeste, fizemos um cruzeiro pela Rio Danube, uma experiência incrível. Foi uma volta muito bonita e agradável.
Fomos com o grupo de estudantes italianos e também conhecemos um inglês que mais tarde se juntou a nós. Fiquei a gostar bastante dele, porque simplesmente era uma boa companhia. Tanto que no dia seguinte fomos almoçar juntos numa Steakhouse incrível.
O trabalho tem sido o mesmo praticamente, tenho ido a vários lugares, tirado fotografias e depois editado.
Já passou mais de metade do estágio e estou cada vez mais entusiasmado para continuar. Apesar de ter saudades de casa, tenho mantido grande contacto com os meus.
Até à próxima!
Diário de Bordo #3
Bemmmm, já passou um mês desde que cheguei a Budapeste e estou a gostar imenso!
Estas últimas semanas não foram diferentes. Já me sinto ambientado à cidade, com os meus colegas e com o trabalho!
Tenho passado a maioria dos dias a trabalhar, mas, nos fins de semana, aproveito para estar com os nossos colegas italianos. Eles são mesmo boa companhia e pessoas engraçadas de conviver!
Tenho tirado um tempo também para conversar com a minha família, amigos e namorada. Sem dúvida, tenho saudades deles!
Na maioria dos dias, fico a construir uma base de dados mas, quando tenho atividades fotográficas, fico mesmo entusiasmado para ir editá-las.
Numa sexta-feira, fomos ter com o estudante alemão que está a estagiar num cabeleireiro. Estávamos na expectativa de que ele estivesse a cortar o cabelo a alguém, mas isso não foi o caso — hahahaha! Então, ficava difícil fotografá-lo sem estar a fazer o seu trabalho, e decidimos ir à rua perguntar a desconhecidos se queriam um corte de cabelo de graça. Infelizmente, ninguém quis.
Então, para o sacrifício do conteúdo, voluntariei-me para ser eu o cliente. A Laura estava comigo, então ela conseguiu tirar as fotos e os vídeos (grande mulher!). Toda a gente saiu a ganhar nesse dia: fizemos o conteúdo, o Baasheer ganhou mais experiência e eu ganhei um corte de cabelo que desesperadamente precisava.
Mais recentemente, fui fotografar os alunos italianos a um Research Center (KRIO), um centro focado em fazer análises sobre espermatozoides. O dia começou comigo a chegar atrasado porque o despertador não tocou. Eventualmente, cheguei ao laboratório e tirei umas fotos muito interessantes. Voltei para casa depois da sessão e fiquei a editar essas fotos e as fotos do Baasheer. Um dia bastante produtivo.
As coisas por casa têm estado boas. Temo-nos organizado e respeitado, o que resulta num ambiente mais relaxado. Num dos dias, a luz foi abaixo. Eu e o Lorenzo estávamos em casa e ficámos preocupados. Fui ver o quadro elétrico e estava tudo ligado, mas algumas das luzes estavam acesas enquanto outras não.
Há pouco tempo, tinha lá ido um eletricista com a mãe do proprietário da casa e estavam fora da casa a mexer no contador. Eu, por acaso, lembrei-me desse momento, então decidi ir lá ver. Reparei que havia um switch desligado, então voltei a ligá-lo e a luz voltou. Senti-me um eletricista naquela situação.
Também houve um momento preocupante relacionado com a nossa banheira. A água não estava a ser puxada para baixo e criava uma piscina. Já andávamos com este problema há uma semana, então decidi investigar. Tirei a sarjeta e havia uma válvula de plástico por baixo. Tirei a válvula, dei uma olhadela e aquilo estava completamente cheio de cabelo. Vi que era esse o problema e resolvi-o ao tirar todo o lixo dali. Estava um pouco enojado, mas era o que tinha de ser feito. Fi-lo, e ficou tudo como o normal. Senti-me um canalizador.
Num outro dia, a Laura queria cozinhar um ovo cozido. Perguntou-me se podia aquecer a água numa cafeteira elétrica. Eu ouvi as palavras que ela usou, mas não entendi a frase, então só respondi que sim.
A Laura meteu o ovo na panela com água quente e deixou ali durante 7-8 minutos. Tirou o ovo, ele estava cozido… mas líquido. Então voltou a metê-lo lá por mais 3 minutos. Voltou a tirar o ovo, mas continuava igual. Eu estranhei, e ela meteu outro ovo. Deixou-o durante 10 minutos e estava no mesmo estado que o outro.
Foi aí que reparei que ela não tinha ligado o fogão, e começámos os dois a rir bastante de um momento muito engraçado devido à falta de senso comum. Mais tarde, decidiu culpar-me por lhe ter dado informação falsa.
Tem sido muito giro, sem dúvida, e estou ansioso pelas viagens que temos planeadas.
Szia!
Diário de Bordo #2
Bem-vindos à segunda edição do meu diário de bordo!
Budapeste tem sido incrível. Estou a gostar imenso!
Num dos nossos dias livres decidimos ir dar uma volta pela cidade depois de termos comido um belos Chimney Cakes, que são uma espécie de churros, mas mais elaborados. Sem nenhum plano exato do que ver e onde ir. Saímos na Baixa-Chiado de Budapeste: Deák Ferenc tér.
Estivemos a dar voltas e vimos a Basílica de São Estevão, situada numa praça muito agradável. Também fomos à Ópera que tem uma arquitetura muito gira e que era a 5 min da Basílica, situada numa zona que se parece com a Avenida.
Na paragem da Ópera decidimos apanhar o metro para uma estação aleatória, era uma linha de metro que nunca tínhamos apanhado. As carruagens eram pequenas e tinham uma estética parecida à dos elétricos portugueses.
Olhámos para o mapa e vimos que havia uma estação dessa linha, dentro de um parque enorme e cheio de relva!
Decidimos sair aí.
Saímos de metro e mal sabíamos nós que estávamos numa das maiores atrações turísticas de Budapeste. A Praça do Heróis. Uma praça enorme com uma estátua no meio e uma meia-lua de uma estrutura de pedra com estátuas. Foi, sem dúvida, das coisas mais bonitas que vi em Budapeste. Estava um belo dia de sol, céu limpo e no ar via-se o que se parecia um balão de ar quente, vermelho e branco.
Continuámos a explorar o parque e passámos por um castelo pequeno que contornava um lago muito bonito, onde vimos um velhinho com um cão a atirar um disco para o lago e o cãozinho a ir buscá-lo, foi adorável.
Tivemos um passeio muito agradável.
Alguns dias decidíamos ficar em casa depois do trabalho, outros íamos sair.
Num desses dias, o Lorenzo e eu fomos sair, queríamos ir visitar o Castelo de Buda e o Bastião dos Pescadores, conseguimos ir ao castelo e foi brutal ver aquela vista incrível de Peste. Infelizmente o Lorenzo começou-se a sentir mal e tivemos de cortar os nossos planos.
Num dos outros dias, eu quis ir comprar um casaco que vi na Zara. O Lorenzo tinha saído de casa e aproveitámos para irmos ter um com o outro. Fomos dar uma volta por uma zona perto da nossa empresa, e entrámos numa rua cheio de atividade e vida no meio de prédios, parecido à Rua Rosa, onde vimos uma arcade. Eu e o Lorenzo decidimos explorar e vimos uma mesa de snooker. Jogámos por apenas 1000Ft que equivale a 2.50€. Estava confiante que ganharia, mas acabei por perder porque estava a inventar demasiado… (E os tacos e as bolas eram feitos de matérias diferentes).
No final destas duas semanas, um grupo de portugueses do Porto veio estagiar para Budapeste com a Arbor Talent e nós ficámos encarregues de lhes mostrar a cidade.
Como não tivemos muito tempo, fomos à Ilha onde tínhamos ido os três no nosso segundo dia cá e conversámos sobre a nossa experiência! Divertimo-nos muito e estamos ansiosos por trabalhar com eles no resto deste mês!
Szia! 🙂
Diário de Bordo #1
Antes de chegar a Budapeste, estive sempre bastante ansioso mas entusiasmado.
É sempre uma ótima experiência conhecer um país novo, especialmente se tivermos lá durante 90 dias.
Budapeste é uma cidade muito bonita com uma arquitetura muito diferente da de Portugal, parece-se muito como Roma, ou Sevilha!
Buda dá-me impressões de subúrbios, uma zona mais rústica e antiquada. Peste é a zona mais avançada, os prédios são mais altos e tem um aspeto de uma cidade nova.
Na Arbor Talent comecei o primeiro dia a fazer uma viagem a Vác uma cidade nos subúrbios de Peste. Fotografei um grupo de professores que vieram a Budapeste com o Projeto ERASMUS+ visitar uma instituição que ajuda e diagnostica crianças com necessidades especiais. No resto dos dias, estive a editar outras fotos e a receber briefings de futuros projetos!
No tempo livre, tenho tirado muitas fotos da cidade e estou confiante que são as minhas melhores fotos de viagem que alguma vez tirei!
Também provámos uma comida típica da Hungria, Langós. Não conhecia esta comida e para ser sincero estava bastante interessado em experimentar. Infelizmente, fiquei muito desapontado, possivelmente é uma das comidas mais enjoativas que já comi. É como se fosse uma pizza com massa de churro feita em óleo, com queijo e creme branco. O óleo da massa era o que, sem dúvida, mais fazia o meu organismo dar voltas.
Tirando isso, estou a amar estar aqui com os meus colegas, temos passeado, aproveitando e fotografado os nossos momentos juntos!
Já começámos a planear viagens para outros países, como a Áustria, Alemanha e a Chéquia, especificamente Praga onde estão os nossos colegas de ERASMUS+.
Fico muito ansioso para o que aí vem!
Búcsú! 😁