Diário de Bordo #1
Como sobreviver a burritos, chuva e Praga?
Esta primeira semana em Praga foi uma mistura entre “UAU!” e “mas o que é que está a acontecer?!”.
Chegámos na quinta-feira e, olha, a viagem foi mesmo uma daquelas que parece tirada de um filme. As paisagens vistas do avião? Coisa linda. Só mesmo Deus para pintar um céu e umas nuvens assim.
Durante o voo, ainda deu para fazer de tudo um pouco: falar com a amiga que veio comigo, ler um bocado e meter ordem no caos que são as minhas futuras semanas nesta cidade maravilhosa. Quando aterrámos, fomos recebidas por uma das representantes do programa, super querida, que nos levou até ao alojamento e nos deu um mini guia de sobrevivência em Praga.
Agora… o alojamento. Como é que eu explico? Parece saído de um filme dos anos 60 — todo rústico, antigo, mas super prático. Estou a adorar!
Mas claro, no primeiro dia, a vida já nos deu um plot twist. Chegámos por volta das 19h e depois de toda a logística , quando demos por nós já eram 21h30. “Vamos jantar?” pensámos nós, inocentes. Spoiler: em Praga TUDO fecha às 22h. Resultado? Duas raparigas à deriva nas ruas de Praga, sem net, à procura de comida. Sim, encontrámos um sítio e os burritos souberam-nos mesmo bem. Nunca subestimes o poder de um burrito numa noite de desespero.
Na sexta, acordámos em modo “adulto responsável” e fomos tomar o pequeno-almoço fora e fazer uma mega compra no Lidl. Claro que, ao sair, começou a chover. E claro que tínhamos três sacos cheios. E claro que eram 15 minutos de caminhada. Adivinha? Chegámos exaustas, mas felizes. Fizemos o nosso primeiro almoço em casa — arroz com atum e molho de tomate. Gourmet? Talvez não. Eficiente? Sim.
Mais tarde, saímos para explorar a cidade e comprar guarda-chuvas.
Praga é mesmo linda. A arquitetura parece tirada da Pixar — tudo com aquele toque histórico, eclético e cheio de detalhes. Passámos por lugares incríveis: a Old Town, o Orloj (aquele relógio astronómico que parece um portal do tempo), a Igreja de São Nicolau, o anfiteatro da Filarmónica Checa e, claro, a icónica ponte Carlos. Tudo isto entre Starbucks porque, acredita são muitos.
Ah! E ainda gravámos um vídeo para o Dia da Europa nesses sítios todos bonitos.
Os dias anteriores tinham sido tipo: “olá, chuvas de abril!”, mas sábado… ahhh, sábado parecia que alguém tinha carregado no botão “verão”. Estava aquele sol que faz toda a gente sair à rua. Então decidimos explorar melhor a zona à volta do nosso apartamento — porque ser turista também é saber valorizar o bairro!
Começámos pelo Parque Letná, que honestamente parecia infinito. Cada vez que virávamos uma esquina surgia mais um pedaço: campos verdes, árvores e flores, uma lagoa e uma pista de skate. Saímos do outro lado do parque, direto para o rio Moldava, e aí andámos a passear pelo cais. Entrámos num jardim escondido chamado Vojanovy Sady. Era tipo um “jardim secreto”, rodeado por muros altos, tudo verde, flores por todo o lado, pavões. Tivemos que nos conter para não fazer uma sessão fotográfica (ok, fizemos, mas com moderação).
Voltámos para casa a precisar urgentemente de açúcar. Encomendámos pela app deles (tipo o “Glovo” mas checo). Pedimos um donut de Nutella e outro de frutos vermelhos. Se isto não é viver bem, não sei o que é.