ERASMUS+ | THE END
Dobrý Den! 😉
De regresso a Portugal e às minhas rotinas.
Quando aterrámos, o calor português deu-nos as boas-vindas, mas nada aqueceu tanto o meu coração como ver a família à minha espera à saída do aeroporto. O abraço gigante que lhes dei valeu por todos os dias de saudade acumulada.
Já passaram duas semanas e confesso que está a ser estranho… muito estranho não estar em Praga.
Eu e a Carol passámos três meses a partilhar não só um espaço, mas toda a vida: risos, conversas, refeições improvisadas e até as pequenas rotinas que só quem vive junto entende. É uma mudança que pesa no coração.
Ai, Carol… que falta me vai fazer morar contigo! Aprendi tanto contigo… Viver ao teu lado foi uma das maiores bênçãos desta experiência e ficará para sempre no meu coração.
Durante estes meses, também houve outra saudade forte a acompanhar-me: a da minha igreja. Lembro-me de contar os dias para poder voltar, estar com os meus irmãos, adorar e sentir aquele ambiente que só lá encontro. Deus esteve comigo o tempo todo em Praga, mas há algo especial em poder viver a fé no meio da nossa família. Foi uma das primeiras coisas que voltei a fazer assim que cheguei.
O Erasmus+ foi muito mais do que viajar e conhecer uma nova cidade. Foi aprender a viver fora da zona de conforto, a adaptar-me a outra cultura, a lidar com desafios, a apreciar as pequenas coisas, a valorizar as pessoas e os momentos.Foi criar memórias com pessoas que hoje fazem parte da minha história e que tornaram esta aventura única.
Praga ficará para sempre no meu coração.
Aquela cidade tornou-se a minha casa durante três meses, e vou ter saudades dos passeios pelas ruas, dos jardins, das estações de elétrico onde tantas vezes esperei, e de todas as pessoas que cruzaram o meu caminho e fizeram parte desta jornada.
Só tenho a agradecer. Agradecer pelos três meses incríveis e inesquecíveis, pela experiência transformadora e pela oportunidade que a nossa escola nos deu.
Foi, sem dúvida, uma das melhores experiências da minha vida, e estou profundamente grata por cada segundo que vivi.
E agora, com o coração cheio de gratidão e com muitas saudades, digo pela última vez… Polibky! 💋
Consulta aqui o projeto final da Beatriz
Diário de Bordo #7
Dobrý Den! 😉
Estou a escrever este diário com lágrimas nos olhos. É oficialmente o último diário que vos escrevo aqui, em Praga. Estas últimas duas semanas foram tão intensas, tão cheias de vida, de emoção, de despedidas… porque eu sabia o pouco tempo que me restava nesta cidade que se tornou casa.
Eu e a Carol, apanhámos o autocarro verde e fomos visitar Česky Krumlov, uma cidade encantada aqui na Chéquia. E digo encantada porque só há uma palavra que a descreve bem: única. A cidade é rodeada pelo rio Vltava (muito usado para canoagem). Vimos monumentos que pareciam saídos de um livro de história: a Church of St. Vitus, a Main Square, o castelo com a sua torre, um urso (sim, um URSO!), os jardins do castelo, e a Coak Bridge. Fizemos uma pausa num café local chamado Masná 130 e comi o melhor banana bread da minha vida e ainda tivemos tempo para molhar os pés no rio…
Em Praga, ainda fui ver a Bazilika sv. Ludmily, a Biblioteca Nacional (aquela com a torre de livros que parece não ter fim, quase tão infinita como a saudade que já sinto deste lugar), os famosos elevadores que nunca param, e o Klementinum, a biblioteca mais bonita que já vi.
Uma das noites mais especiais foi quando eu e a Carol fomos ao Sunset Cinema Prague, um cinema ao ar livre num rooftop com puffs e um ecrã gigante. E como se não bastasse vimos o meu filme preferido: The Notebook. E ainda tivemos direito a um pôr do sol visto lá de cima. Foi um momento daqueles que a alma regista para sempre.
Fizemos uma viagem de comboio até Adršpach (na verdade, foram três de ida e três de volta!) e fiquei completamente encantada com o lugar. Foi lá que gravaram algumas cenas de As Crónicas de Nárnia, e mal chegámos percebi logo porquê. A paisagem é mesmo diferente de tudo o que já tinha visto, parece que entras num cenário mágico. As formações rochosas são gigantes, imponentes e cheias de formas. O lago foi o que mais me apaixonou: era simplesmente lindo, com uma tranquilidade que dava vontade de ficar ali horas. E o famoso portão de pedra… depois de o passares, era como se estivéssemos noutro mundo.
Foi uma caminhada muito bonita, com trilhos exigentes, mas recompensadores, e vistas que não se conseguem descrever apenas com fotos. Já esperava gostar muito, mas mesmo assim surpreendeu-me mais do que imaginava. Adršpach tornou-se facilmente um dos lugares mais bonitos que já visitei, não só nesta viagem, mas na vida.
E agora, aqui estou eu. De malas meio feitas e o coração numa confusão.
Tenho tantas saudades de Portugal, da minha família, dos meus amigos, da minha igreja. Chama mais alto. Está a gritar por mim. Não vejo a hora de os abraçar, de voltar a estar com os meus.
Mas não posso fingir que esta despedida não me está a doer. Dizer adeus a Praga, aos amigos incríveis que fiz, à rotina que construí, ao pessoal do estágio, e claro… à Carol, que já é família. É um desafio que o meu coração ainda não está pronto para enfrentar.
Despeço-me deste capítulo da minha vida com o coração cheio!
Polibky! 💋
Diário de Bordo #6
Dobrý Den! 😉
Este será o meu penúltimo diário de bordo aqui em Praga. Não acredito que está quase a acabar!
Estas últimas duas semanas passaram a voar e, apesar de terem sido mais tranquilas a nível de estágio, foram bem ricas em experiências.
Uma boa notícia para começar: o meu pé já está completamente recuperado! Depois de algumas semanas mais limitadas, soube mesmo bem voltar a passear.
O estágio tem-se mantido tranquilo; não houve grandes novidades nestes dias. Já começo a sentir aquela pontinha de saudade da Jana, da Adele e do Martin, que têm sido uma companhia muito especial por aqui.
Esta semana foi especialmente marcante porque recebemos a visita do Lorenzo, que está a fazer Erasmus em Budapeste! Eu e a Carolina assumimos o papel de guias turísticas.
Embora tenhamos voltado a visitar vários lugares que já conhecíamos, como o Castelo de Praga, a Catedral, a Narrowest Alley, a cabeça de Franz Kafka, a Dancing House, o relógio Orloj e, claro, a icónica Ponte Carlos, desta vez foi de uma outra perspetiva.
Além dos clássicos, também explorámos sítios novos! Fomos à Igreja da Nossa Senhora, passámos pelas esculturas dos homens a urinar (aquelas super bizarras!), pelo bairro judeu, visitámos o jardim Grotta Umělá, que é lindo, e fomos a um bar robótico! As bebidas eram literalmente feitas e misturadas por braços robóticos.
Claro que não podia faltar o nosso querido trdelník cake, que voltámos a comer. E terminámos num café chamado “May Café”, onde pedimos uns brunches incríveis! O espaço era muito bonito.
Polibky! 💋
Diário de Bordo #5
Dobrý Den! 😉
Não acredito que só falta 1 mês para esta experiência acabar. Dois meses já passaram e, sinceramente, voaram. Parece que foi ontem que estava a chegar a Praga cheia de malas, expectativas e nervos… e agora já estou a pensar em como vou encaixar tudo o que vivi dentro da mala de volta.
Comecemos pelo começo. Estas duas ultimas semanas estive super focada nas minhas corridas diárias. Passei de uma corrida por dia para duas (sim, duas!). Uma de manhã, antes do estágio, e outra à tarde, depois do estágio. E porquê? Porque está a chegar um evento que estou mesmo ansiosa. E olha, consegui um objetivo que queria há imenso tempo: correr 3 km em 15 minutos. Para alguns pode parecer pouco, mas para mim foi uma conquista gigante!
Entretanto… comprei o meu primeiro kendama, e é rosa, claro. Para quem não sabe (e eu também não sabia até há pouco tempo), um kendama é um brinquedo japonês tradicional feito de madeira. Basicamente, envolve coordenação, equilíbrio e paciência. Foi a Carolina (companheira de viagem aqui em Praga) que me apresentou.
No estágio, voltei a trabalhar no design de mapas da Čedok. Tenho almoçado com o Martin num parque perto do local de trabalho. É fixe, porque ele também é designer e também gosta de desporto. Então as conversas são sempre interessantes.
Tive a sorte de ver o Olympic Day – Running, no parque Letná. Foi super fixe, estava mesmo com um bom ambiente, boa energia, muita gente ativa. Eu não estava a competir, mas acabei por correr com eles na mesma.
Fui ver a famosa Torre de Televisão de Žižkov, aquela torre alta, meio fora do sítio, que parece uma nave alienígena estacionada no meio da cidade. A vista lá de cima é mesmo bonita, mas a torre em si… digamos que tem uma personalidade única.
Eu e a Carol fomos comer pizzas gigante do Pizzas Merlo. Aquelas pizzas eram mesmo grandes e deliciosas. Óbvio que sobrou e comemos no dia seguinte. Nada como uma pizza ao pequeno-almoço.
E pronto, agora chegou o momento dramático, estava a correr no parque Letná, e caí, deixei de conseguir mexer o pé. Doeu mesmo muito, comecei logo a panicar. Liguei para a ambulância – sim, primeira vez na vida dentro de uma! Fui parar ao hospital, onde fiquei umas boas horas a fazer exames. Confesso que a experiência não foi lá muito boa… as pessoas no hospital não eram nada simpáticas, rudes até. Mas pronto, agora tenho umas muletas cor-de-rosa (obviamente que tinham de ser rosa), e estou a recuperar.
Polibky! 💋
Diário de Bordo #4
Dobrý Den! 😉
O primeiro fim de semana foi uma loucura! Começou com o que todos odiamos… acordar às 3h da manhã (sim, três!! nem os passarinhos tinham acordado) para apanhar um autocarro de 4 horas para Berlim. A única coisa que me consolava era saber que ia viajar e estar com os meus amigos.
Encontrarmo-nos com os nossos amigos de Budapeste, que também estão a viver esta experiência Erasmus. Foi tão bom perceber que, mesmo em países diferentes, estamos todos a passar por fases parecidas.
O nosso alojamento? Um hostel com cápsulas! Exatamente, cápsulas! Hey, para cápsulas, era confortável.
Agora, sobre Berlim… A cidade tem uma vibe mesmo fixe, meio histórica, meio moderna,…Visitámos tudinho (acho eu): o famoso Portão de Brandemburgo, a TV Tower que parece que dá para ver a lua lá de cima, o Palácio do Reichstag, o Muro de Berlim que ainda transmite tanto sentimento, o comovente Memorial dos Judeus, a East Side Gallery, a Berliner Dom, e ainda caminhámos pela margem do Rio Spree.
Ah, e comemos muito bem! Uma das refeições foi super típica: os famosos Schnitzel, que basicamente são panados alemães com batatas fritas.
Curiosidade aleatória: Sabiam que os semáforos em Berlim são super diferentes?? Têm uns bonequinhos estilo cartoon.
No geral, este mini-break foi um respiro para a minha alma. Foi mesmo bom sair da rotina de estágio e da mesma cidade, estar com pessoas que estão a viver o mesmo tipo de aventuras, partilhar momentos e histórias.
Ora bem, a segunda semana começou de forma normal, tranquila… até que BUM! A minha família decidiu aparecer de surpresa em Praga! Sim, isso mesmo, do nada, a minha mãe, pai e irmã. Transformei-me numa guia turística.
Claro que fiz questão de mostrar a minha nova casa, começando pelos clássicos já mencionados nestes diários — o famoso parque Letná (a dois passos do meu apartamento, quase o meu quintal), o jardim Vojanovy Sady, o Museu Nacional, a Praça Václav, a estátua do Franz Kafka, Casa Dançante, o relógio Orloj e a Prašná Brána.
Mas calma, que não ficámos só pelo déjà-vu. Também aproveitei a desculpa perfeita para finalmente riscar uns spots da minha lista “ainda não fui mas devia”: Ponte Carlos (todos os dias lotada de turistas), o Castelo de Praga e o palácio, o Muro John Lennon, a mini-ruela Prague Narrowest Alley (um corredor de 50cm entre dois prédios que tem um semáforo), o Museu da Ilusão e a Torre Petrín, onde eu e o meu pai tivemos coragem de subir, a vista era mesmo bonita, via-se literalmente tudo.
E porque visitar é ótimo, mas comer também: começámos os dias com pequenos-almoços no famoso Café Letka e no Mezi Srnky. Almoçámos no Pork’s, um restaurante local conhecido pelos seus joelhos de porco. Ao jantar fomos ao Nase Maso, que não é um restaurante… é um talho. Mas calma! É um talho que serve hambúrgueres mesmo bons. Obrigada Martin pela dica!
Ah! E claro que os levei a provar o trdelník — aquele rolinho de massa doce com açúcar, canela e (no nosso caso) cobertura de chocolate. Eles adoraram, até começaram a pensar trazer o negócio para Portugal.
Foi uma visita intensa, divertida, com muita caminhada, muitas fotos e muita conversa. Mas acima de tudo, foi especial. Eu sou muito ligada à minha família, e já tinha tantas saudades deles. Aproveitei cada segundo com aquele sentimento bom de “isto é casa”.
Polibky! 💋
Diário de Bordo #3
Dobrý Den! 😉
Quem diria, já passou um mês desde que estou em Praga! Alguém me explica como é que o tempo aqui voa tão rápido? Porque, piscas os olhos e puff… já se foi mais uma semana.
Mas vamos por partes, porque há muito para contar-vos.
Primeiro, o estágio! Como vocês sabem, adoro o espaço onde trabalho, é super descontraído, e os meus colegas são um amor – simpáticos e sempre prontos para ajudar. Tenho saído à hora de almoço com dois dos meus colegas: o Martin, o estagiário que já vos tinha falado, e a Adele, uma das designers do grupo.
Agora, sobre o que tenho andado a fazer: deram-me a missão de fazer o remapping dos mapas das rotas dos cruzeiros da Čedok. Tinham planeado que eu levasse um mês nisto… mas, adivinhem? Já terminei. Então, claro, arranjaram-me mais trabalho: agora estou a mexer nas newsletters da Čedok.
E, já que falamos em desafios, ninguém me avisou que adaptar-me a um teclado estrangeiro seria tão difícil. As teclas estão todas fora do sítio!
Mas nem tudo é caos! Eu e a amiga que veio comigo de Portugal fomos a um sushi muito bom e super engraçado, onde a comida vinha em corredores giratórios – uma espécie de jogo de apanhar o melhor prato o mais rápido possível.
E claro, como grande turista que sou fui ao famoso metro Náměstí Míru. Sabem aquelas escadas da Baixa-Chiado que parecem não ter fim? Bem, esqueçam. Aqui são as mais longas da Europa, com 50 metros de profundidade, exatamente três minutos para descer. E já que estava ali, não podia deixar de visitar a Bazilika sv. Ludmily, que é tão bonita por fora como por dentro.
Mais tarde, decidimos ir jantar ao Výtopna Railway Restaurant — e que experiência! Para quem nunca ouviu falar, é um restaurante onde a comida e as bebidas são servidas por comboios em miniatura que circulam entre as mesas. Sim, literalmente comboios! A comida era boa e o ambiente super divertido, especialmente para quem gosta de coisas fora do comum. Admito que os preços são um bocadinho acima da média, mas sinceramente valeu totalmente a experiência. Não é todos os dias que o teu hambúrguer chega num comboio a vapor, não é?
Estas semanas foram mais difíceis. Saudades dos meus pais, da igreja e dos meus amigos.
Mas não me vou abaixo porque sei que Deus está comigo e sei que esta experiência ainda tem tanto para me dar. Vou aproveitar cada momento desta jornada!
Já sobre o assunto da semana passada, nós e os alunos em Budapeste vamos, na próxima semana, passear por Berlim. Isso mesmo, Alemanha. Estou muito ansiosa para poder explorar mais da Europa.
Polibky! 💋
Diário de Bordo #2
Dobrý Den! 😉
Sinto que estas duas semanas foram o combo entre “aproveita tudo o que conseguires” e “modo adaptação a Praga”. Tipo um exercício emocional e geográfico.
E, por falar em exercício… comecei a correr no Parque Letná (sim, LETNÁ, aquele que já ouviram falar por aqui). Já que o ginásio aqui está a puxar pelo meu orçamento, decidi que correr com vista vale tanto quanto correr com paredes à volta.
Fizemos novas amigas! Conhecemos uma rapariga aqui em Praga que nos arrastou para uma saída com ela e o grupo dela na segunda-feira — e foi das melhores surpresas da semana. São todas checas, da nossa idade, e falam muito bem inglês. Mas o melhor? Foram super queridas, daquele tipo que te faz sentir que já fazes parte do grupo. Ficámos três horas numa esplanada a discutir os verdadeiros mistérios da vida: comida, escolas, a dramática vida de uma adolescente em Portugal vs Chéquia e as nossas séries preferidas.
Na terça-feira, tornei-me uma adulta responsável — a primeira reunião.. E, vá… acho que me apaixonei um bocadinho pelo meu espaço de trabalho. O edifício chama-se Crystal Prague e parece… bem, um diamante gigante. Lá dentro? Sofás, puffs, snacks, café e comida (um paraíso que me quer engordar, claramente). E os colegas? Super prestáveis e simpáticos.
Mais tarde nesse dia, fomos ao museu do Mozart. Porque sim, ele morou cá, e porque cultura também é preciso.
O resto da semana foi em modo turista: demos voltas pela cidade, comprámos roupa (mas psst… é o nosso segredo), e fomos ao Café (A)void — sim, aquele com a porta redonda. Também passámos pela casa dançante (spoiler: não dança mesmo, mas é gira) , e comemos uns crepes tão recheados que o meu corpo ainda está a digerir.
No sábado fomos ao zoo de Praga… e UAU. Se achas que o zoo de Lisboa é grande, o de cá é tipo a versão 3.0. A natureza, os recantos, os bichos — fiquei rendida! Vi de tudo: elefantes, focas, macacos, suricatas, pandas vermelhos, ursos, girafas… e ainda andámos no teleférico da morte — basicamente umas cadeiras sem qualquer proteção (quem é que aprovou aquilo?), mas hey, super eficaz.
Comecei oficialmente o estágio: estudei o brand book e as redes sociais da empresa. Também fui convidada para um almoço com a minha equipa de trabalho, num restaurante asiático. E olha que conheci um outro estagiário, super querido — já visitou Portugal e ama o nosso país – que orgulho malta! – tem sido a minha companhia durante o estágio.
Por fim, eu e a minha amiga já entrámos no modo “Dora exploradora” e começámos a comprar bilhetes para um novo país com os nossos colegas que estão em Budapeste. Qual é o destino? Não vos conto… só vão descobrir no próximo diário.
Polibky! 💋
Diário de Bordo #1
Como sobreviver a burritos, chuva e Praga?
Esta primeira semana em Praga foi uma mistura entre “UAU!” e “mas o que é que está a acontecer?!”.
Chegámos na quinta-feira e, olha, a viagem foi mesmo uma daquelas que parece tirada de um filme. As paisagens vistas do avião? Coisa linda. Só mesmo Deus para pintar um céu e umas nuvens assim.
Durante o voo, ainda deu para fazer de tudo um pouco: falar com a amiga que veio comigo, ler um bocado e meter ordem no caos que são as minhas futuras semanas nesta cidade maravilhosa. Quando aterrámos, fomos recebidas por uma das representantes do programa, super querida, que nos levou até ao alojamento e nos deu um mini guia de sobrevivência em Praga.
Agora… o alojamento. Como é que eu explico? Parece saído de um filme dos anos 60 — todo rústico, antigo, mas super prático. Estou a adorar!
Mas claro, no primeiro dia, a vida já nos deu um plot twist. Chegámos por volta das 19h e depois de toda a logística , quando demos por nós já eram 21h30. “Vamos jantar?” pensámos nós, inocentes. Spoiler: em Praga TUDO fecha às 22h. Resultado? Duas raparigas à deriva nas ruas de Praga, sem net, à procura de comida. Sim, encontrámos um sítio e os burritos souberam-nos mesmo bem. Nunca subestimes o poder de um burrito numa noite de desespero.
Na sexta, acordámos em modo “adulto responsável” e fomos tomar o pequeno-almoço fora e fazer uma mega compra no Lidl. Claro que, ao sair, começou a chover. E claro que tínhamos três sacos cheios. E claro que eram 15 minutos de caminhada. Adivinha? Chegámos exaustas, mas felizes. Fizemos o nosso primeiro almoço em casa — arroz com atum e molho de tomate. Gourmet? Talvez não. Eficiente? Sim.
Mais tarde, saímos para explorar a cidade e comprar guarda-chuvas.
Praga é mesmo linda. A arquitetura parece tirada da Pixar — tudo com aquele toque histórico, eclético e cheio de detalhes. Passámos por lugares incríveis: a Old Town, o Orloj (aquele relógio astronómico que parece um portal do tempo), a Igreja de São Nicolau, o anfiteatro da Filarmónica Checa e, claro, a icónica ponte Carlos. Tudo isto entre Starbucks porque, acredita são muitos.
Ah! E ainda gravámos um vídeo para o Dia da Europa nesses sítios todos bonitos.
Os dias anteriores tinham sido tipo: “olá, chuvas de abril!”, mas sábado… ahhh, sábado parecia que alguém tinha carregado no botão “verão”. Estava aquele sol que faz toda a gente sair à rua. Então decidimos explorar melhor a zona à volta do nosso apartamento — porque ser turista também é saber valorizar o bairro!
Começámos pelo Parque Letná, que honestamente parecia infinito. Cada vez que virávamos uma esquina surgia mais um pedaço: campos verdes, árvores e flores, uma lagoa e uma pista de skate. Saímos do outro lado do parque, direto para o rio Moldava, e aí andámos a passear pelo cais. Entrámos num jardim escondido chamado Vojanovy Sady. Era tipo um “jardim secreto”, rodeado por muros altos, tudo verde, flores por todo o lado, pavões. Tivemos que nos conter para não fazer uma sessão fotográfica (ok, fizemos, mas com moderação).
Voltámos para casa a precisar urgentemente de açúcar. Encomendámos pela app deles (tipo o “Glovo” mas checo). Pedimos um donut de Nutella e outro de frutos vermelhos. Se isto não é viver bem, não sei o que é.
































































